Antes da monarquia, o povo de Israel era liderado por Juízes, líderes nomeados por Deus, que uniam o povo contra seus inimigos. Mas quando Samuel, o último juiz, estava idoso, os israelitas exigiram um rei para serem como os outros povos. Então Deus escolheu Saul como primeiro rei de Israel. Saul, porém, desobedeceu a Deus e outro homem foi escolhido como seu sucessor: Davi. Este foi o rei mais conhecido na história de Israel. Salomão, seu filho, foi o seu sucessor, sendo conhecido como o homem mais sábio de toda a história.
*Nota: Depois da morte de Saul houve um intervalo de 7 anos e meio, até que Davi reinasse sobre todo o Israel. Como entender os 2 anos de reinado de Isbosete em Israel e os 7 anos que Davi reinou em Judá? Nesse meio tempo, é provável que a casa de Saul, por meio de Isbosete, e sob a forte liderança de Abner, estivesse se recuperando da derrota para os filisteus e buscando o apoio de aliados em todas as tribos para a casa de Saul. O texto não é explícito, mas, provavelmente, após estarem numa situação mais estável, Abner, comandante do exército de Israel, tenha proclamado Is-bosete "oficialmente" rei. Isso teria acontecido 2 anos antes de sua morte (II Samuel 2:8-11). A partir daí, iniciou-se outro período turbulento, com a guerra entre as famílias de Davi e Saul - capítulos 2 a 4 de II Samuel. Por isso, entendemos que o sucessor de Saul, Isbosete, liderou (inativa e oficialmente) Israel 7 anos, simultâneos ao tempo que Davi reinou sobre Judá (II Samuel 5:4-5). Apesar de haver alguma controvérsia na interpretação cronológica desse período, esta linha interpretativa parece ser a mais aceitável entre os estudiosos.
Samuel foi o último juiz a julgar Israel, e foi essencial na transição de uma confederação de tribos para uma nação unida sob uma monarquia central. Ele foi o primeiro profeta de Deus a ungir e aconselhar o rei da nação. A transição das lealdades tribais para uma identidade nacional não foi uma questão simples. As rivalidades tribais e lutas internas continuaram até o início do reinado de Davi, quando o culto e o governo foram finalmente unificados sob sua liderança em Jerusalém. Essa unidade nacional era tênue e não sobreviveu ao reinado de seu filho Salomão.
Saul. Israel pediu um rei como tinham as nações vizinhas, e Saul era exatamente o que eles queriam. Ele tinha aparência imponente, sendo um palmo mais alto que qualquer outra pessoa da nação. Ele vinha de uma família proeminente e conduziu a nação a algumas vitórias militares decisivas sobre seus vizinhos. Ele tinha grande confiança no profeta de Deus, Samuel, recebendo sua orientação e apoio na condução da nação. Mas, no fundo, Saul não era o tipo de rei que Deus desejava para seu povo. Ele se preocupava mais com as aparências que em seguir verdadeiramente a Deus e fazer o que era certo. Ele se encheu de insegurança e inveja de Davi, por causa do sucesso dele. À medida que passava o tempo, suas falhas ficavam cada vez mais aparentes.
Davi. Relativamente cedo, no reinado de Saul, Deus disse a Samuel que Ele havia rejeitado Saul como rei do seu povo. Ele enviou Samuel para ungir um novo rei para Israel - alguém que seria o tipo de rei que Deus queria para seu povo. Davi, embora ainda fosse apenas um rapaz, seria esse homem. Ele mostrou a força de sua fé e confiança em Deus desde o princípio, no seu confronto com Golias, e continuou a servir a Deus fielmente, como um soldado no exército de Saul, embora soubesse que havia sido escolhido para ser o próximo rei. Quando chegou sua vez de servir a Deus e a nação, ele os conduziu bem, e unificou a nação. Ele expandiu as fronteiras, subjugou todos os inimigos ao redor, e preparou a nação para a edificação do Templo. Davi teve alguns graves problemas pessoais e familiares, mas seu arrependimento, sua confiança em Deus, e sua aceitação aos profetas de Deus demonstravam o tipo de fé que Deus queria no líder do seu povo
Salomão. O filho e sucessor de Davi teve um glorioso início como rei de Israel, expandindo a cidade de Jerusalém com um gigantesco palácio e edificando o Templo como um centro permanente para a adoração nacional. A nação teve grande prosperidade sob seu governo, e houve paz na terra. Deus ofereceu a Salomão a chance de pedir o que quisesse, e o humilde pedido de Salomão, sabedoria para liderar a nação, foi concedido abundantemente. Sua sabedoria era mundialmente famosa, e está parcialmente registrada nas Escrituras. Mas Salomão não seguiu a Deus com todo o seu coração, como seu pai fizera. Ele casou-se com muitas estrangeiras e acrescentou a adoração dos deuses delas a seu indiferente culto ao Deus verdadeiro. Isso preparou o cenário para a trágica divisão da nação, após sua morte, e instalou um espírito de desobediência e idolatria com que Israel lutou por gerações.
O Templo. Davi queria construir um lugar permanente para a adoração a Deus, para substituir o Tabernáculo, que era uma tenda apropriada para uma nação em peregrinação. Deus disse que a honra de construir um templo para que nele seu nome residisse sobre a terra pertenceria a Salomão, o filho de Davi. O Templo era um monumental projeto de edificação, que se erguia sobre a cidade de Jerusalém, no ponto mais alto da cidade, e construído com os melhores materiais pelos melhores artesãos. Era um testemunho da intenção que Deus tivera em criar e sustentar a nação, mas, infelizmente, as pessoas (e os reis) nem sempre deram a Deus e ao Seu Templo seu lugar legítimo no centro de suas vidas.