Para entendermos com mais profundidade o texto de I Coríntios 15:55, vamos usar um momento na vida de Davi, que todos conhecemos: o dia que ele venceu Golias (I Sam 17). Os filisteus se ajuntaram para guerrear contra Israel. Golias, o campeão dos filisteus afrontou o exército de Israel durante quarenta dias e ninguém havia que pudesse combater contra ele e vencê-lo (I Sm 17:16). Golias tipifica a morte. Ela afrontou o homem durante muito tempo e ninguém havia que podia combater contra ela e vencê-la. Saul e seu exército eram homens valentes, fiéis e vencedores nas batalhas, mas não podiam enfrentar esse tipo de adversário.
Golias tinha seis côvados e um palmo de altura; na cabeça trazia um capacete de bronze; vestia uma couraça de escamas que pesava cinco mil siclos de bronze; trazia grevas de bronze por cima dos pés e um escudo de bronze entre os ombros. A haste de sua lança era como o eixo do tecelão e a ponta de seiscentos siclos de ferro, e diante dele ia o escudeiro (I Sm 17:4-7). Essas coisas representam os argumentos da morte contra o homem, para mostrar que ela não pode ser vencida. Jessé, tipo de Deus Pai, enviou seu filho Davi, tipo de Jesus, para ver como estavam seus irmãos na guerra, mandou que levasse pão para eles e voltasse trazendo notícias deles e deveria trazer um penhor para que seu pai tivesse certeza de que Davi havia estado verdadeiramente com seus irmãos e eles estavam bem (I Sm 17:18). Jesus foi enviado pelo Pai. Ele nos trouxe o verdadeiro pão do céu. Veio para ver como estava o homem que Ele criou, e o encontrou oprimido por toda sorte de enfermidades, opressões e acima de tudo, afrontado pela morte. Ao encontrar o homem que Ele tanto ama sujeito à morte, chorou (Jo 11:35). Jesus estava interessado em conhecer a situação do homem para libertá-lo, curá-lo, restaurar sua comunhão com Deus, mas seus irmãos não o receberam bem. Desprezaram-no. Não o queriam por perto. Queriam que Ele voltasse ao Pai (I Sm 17:28). O homem estava envergonhado de não poder combater essa batalha.
Davi disse: Que fiz eu agora? Assim como Jesus disse: Por que me feres?
Davi tomou seu cajado na mão, assim como Jesus veio como o bom pastor para cuidar do seu rebanho.
Davi retira cinco seixos do ribeiro que representam o ministério de Jesus. Tirado das águas. Mesmo significado do nome de Moisés; e a Palavra disse que o Senhor suscitaria um profeta como Moisés do meio de seus irmãos (Deut 18:18).
A pedra que foi lançada é o próprio Senhor Jesus: A pedra cortada na Eternidade, não por vontade do homem, mas pela misericórdia e amor de Deus (Dn 2:34).
Golias zombou de Davi: Sou eu um cão, para vires contra mim com paus. Profecia de que a morte seria vencida quando Jesus fosse pendurado no madeiro. Sou eu um cão?
Na verdade, para Davi, Golias era menos que um cão. “Quem é, pois, esse incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?” (I Sm 17:26)
A pedra que Davi lançou se lhe encravou na testa, e caiu com seu rosto em terra. “Esta te ferirá a cabeça” (Gên 3:15).
Golias foi morto pela espada. A Palavra o matou (Ap 19:13).
Davi venceu Golias. O gigante não representava nada para Davi. O Senhor Jesus venceu a morte. A morte não é nada diante do autor da vida. O texto de I Coríntios 15:55 zomba da morte: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” - “Tragada foi a morte na vitória” (I Cor 15:54).
Davi levou a cabeça de Golias para Jerusalém (I Sm 17:54). Davi levou o penhor pedido pelo seu pai; a garantia que os filhos estavam bem. O Senhor Jesus também levou o penhor da nossa vitória; as vestes salpicadas de sangue foram apresentadas ao Pai (Gn 37:31-33; Apoc 19:13). Sua morte foi a prova de que esteve com o homem. E “subindo ao alto, levou cativo o cativeiro” (Ef 4:8). A vitória na ressurreição é a garantia de que os filhos estão bem. Golias representava a morte e Davi cortou sua cabeça e a levou para mostrar ao pai que os irmãos estavam bem, porque ele havia acabado com a morte. Jesus acabou com a morte. “Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” Assim, em Jesus também venceremos a morte e o tempo dessa vida para estarmos com ele para toda a eternidade.
A mensagem da igreja que será arrebatada
Paulo, tipificando o Espírito Santo ou sendo sua voz pelas epístolas, escreveu aos romanos, como já vimos anteriormente, que sempre ora, pedindo que se lhe ofereça boa ocasião para estar com a igreja (Rm 1:10). Agora nesse texto de I Coríntios 16:7-9 ele diz que não quer ver a igreja de passagem, mas espera ficar algum tempo com ela. Que desejo glorioso e amor maravilhoso o Espírito Santo tem dedicado à igreja! Assim como Jesus disse: desejei muito comer convosco essa Páscoa (Lc 22:15), demonstrando o quanto Ele desejou vir cumpriu seu ministério e se entregar pelo homem. Agora, o Espírito Santo faz o mesmo dizendo que “espera ficar conosco algum tempo”. “Ficarei, porém, em Éfeso”.
O Espírito Santo desceu sobre a igreja primitiva (em Éfeso) e permanece com ela até os nossos dias e permanecerá até o arrebatamento. A história dos setes tempos da igreja nesse mundo, desde o Pentecostes até o arrebatamento, é descrita profeticamente na história das setes igrejas da Ásia em Apocalipse (Ap 1:4). Em todos os tempos houve grandes batalhas, mas em todas as batalhas a igreja venceu porque o projeto de Deus é colocá-la na terra prometida, a Eternidade. Isso já era profético, quando Israel teve que vencer sete nações para conquistar a terra prometida (Deut 7:1). A orientação do Senhor para Israel era não se misturar/aparentar com aquelas nações, assim como a igreja não se mistura e não tem compromisso com aquilo que é desse mundo (Deut. 7:3). A Palavra apresenta a história da igreja lançando mão das características de sete igrejas da Ásia, em que João foi pastor. E o nome de cada uma delas demonstra a ênfase histórico-profética que ela viveria em seus dois mil anos de existência, aproximadamente. A primeira igreja chamava-se Éfeso, que significa “aceitável”. O Espírito Santo diz, então, que ficará em Éfeso. A igreja que está sob o governo do Espírito Santo é a igreja aceitável a Deus. A igreja que será arrebatada é a igreja aceitável. Ele ficará até o dia do Pentecostes com ela. E aqui ele fala do momento da sua partida. Há dois mil anos aproximadamente, no dia de Pentecostes, de repente veio do céu um som, como um vento veemente e impetuoso. Era a descida do Espírito Santo. Nesse dia não veio só de passagem, como fez tantas vezes no Velho Testamento, em que o Espírito descia sobre pessoas específicas, mas permanece conosco algum tempo, entre esse Pentecostes até o próximo Pentecostes, o arrebatamento, sendo derramado sem medida (Joel 2:18).
No primeiro Pentecostes “uma porta grande e eficaz se abriu” (I Co 16:9). A porta da salvação, que alcançou tanto judeus quanto gentios. Tanto os que estavam ali, quanto aos que seriam gerados por eles, e a todos os que estavam longe (no tempo – ou seja, a igreja de nossos dias - Atos 2:38-39). No próximo Pentecostes, de repente virá do céu um som, um vento (um sopro veemente e impetuoso). Um toque de trombeta (I Cor 15:52, ...porque a trombeta soará (é uma certeza, é uma verdade absoluta), e virá nosso Salvador a encontrar-se com sua igreja aceitável e levá-la para a eternidade. O Espírito Santo ficará até esse dia. Assim, Ele termina a carta falando da vinda do Senhor Jesus: “Se alguém não ama ao Senhor Jesus Cristo, seja anátema. Maranata!” (I Cor 16:22). A Palavra Maranata significa: “O Senhor Jesus Vem”. É a mensagem que identifica a igreja dos últimos dias, a igreja do Breve.
A verdadeira mensagem bíblia é para Salvação do ser humano
1º. Usamos a Palavra para falar de Cristo e dos seus mistérios.
2º. Fazemo-lo com sinceridade.
3º. Falamos de Deus na presença de Deus – com temor.