Em todo o tempo o Senhor proporcionou para o necessitado águas para dessedentar sua alma. Vamos ver isso em toda a Palavra, especialmente nos exemplos que seguem: Agar foi achada pelo Anjo do Senhor junto a uma fonte de água no deserto (Gên 16:7). Anos mais tarde, quando fugia de sua senhora, Agar pensou que ia morrer e o Anjo do Senhor a fez ver novamente o poço de águas vivas no deserto (Gên 21:19). O poço é o lugar de um bom encontro (Gên 24:12). Foi junto a esse poço que Rebeca foi encontrada. Foi junto ao poço de água que a mulher samaritana se encontrou com Jesus (Jo capítulo 4). Foi o Pai quem abriu os poços no deserto, mas o inimigo quer entulhar para que o homem não tenha acesso ao refrigério, ao renovo, à purificação (Gên 26:18). Ou o inimigo cerca o poço para que o homem não consiga beber das águas (I Crôn 11:15-19). Alguns detalhes do texto de Isaías 41:17.
Os aflitos: o homem sem Deus busca preencher o vazio de seu coração com as coisas dessa vida, porém se desespera porque sua alma continua sedenta, ele não conhece o poço porque foi entulhado com muitas coisas.
Os necessitados: são os que sabem que precisam de Jesus, mas não conseguem chegar ao poço porque os donos de religião o cercaram. Taparam a boca do poço para que as ovelhas não bebam e eles querem ter o controle da água. Jacó perguntou aos pastores: Por que não dão de beber às ovelhas? E os pastores disseram: Não podemos. (Gên 29:7-8).
Sua língua se seca de sede: A alma do homem está sedenta. Ela precisa das águas do Espírito que fluem da fonte de águas vivas. Mas eu o Senhor os ouvirei, eu o Deus de Israel, não os desampararei. Se os poços foram entulhados, o próprio Pai enviou seu Filho para reabrir os poços (Gên 26:18). Se o poço está cercado, o Espírito Santo tirará as águas para dar ao homem. Para o servo do Senhor o poço de águas vivas não está cercado. Ele tem acesso à água que sua alma tanto necessita. O Senhor Jesus convida o homem para se chegar a Ele e dessedentar sua alma.
Algumas profecias de Isaías sobre Jesus
Eis aqui o meu servo, a quem sustenho, o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz, pus sobre ele o meu Espírito, e ele promulgará o direito para os gentios. Eu, o Senhor, te chamei em justiça, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo, e luz para os gentios; para abrires os olhos aos cegos, para tirares da prisão o cativo e do cárcere os que jazem em trevas (Is 42:1, 6-7). Isaías profetizou muitas coisas a respeito do Senhor Jesus. Vamos ver abaixo algumas dessas profecias se cumprindo ou sendo testemunhadas pelos servos do passado.
Eis aqui o meu servo: Jesus (Mt 12:18).
A quem sustenho; o meu escolhido, em quem se compraz a minha alma (Lc 3:22, Mc 1:8, Mt 12:18 e 17:5).
Pus o meu espírito sobre ele (Mt 3:16).
Ele trará justiça às nações (Rom 3:21-22, Fl 3:9)
Eu o Senhor te chamei em justiça (2 Cor 5:21)
Tomei-te pela mão, e te guardei (Jesus voltou para a eternidade, At 1:11)
E te dei por pacto ao povo (a nova aliança, Lc 22:20)
E para luz das nações (Jo 8:12 e 12:46)
Para abrir os olhos dos cegos (a cura do cego de Jericó, do cego de Betsaida e do cego do tanque de Betesda, entre outros, Lc 18:35; Mc 8:22; Jo 5:5)
Para tirar da prisão os presos (At 12:7)
E do cárcere os que jazem em trevas (Mt 4:16, 1 Jo 2:8, 1 Pe 2:9)
O profeta fala em Isaias 43:2 a respeito de Jacó e Israel.
Jacó: é Israel política, quem o Senhor criou. É também a parte da promessa feita a Abraão, a descendência numerosa como a areia do mar.
Israel, a quem o Senhor formou é a igreja, Israel espiritual. Isso está relacionada à parte da promessa, que diz: descendência numerosa como as estrelas. A igreja é iminentemente gentílica, foi agregada à Israel pelo sangue de Jesus, mas não conhecia o Deus de Jacó.
O Senhor deixa uma palavra maravilhosa nesses dois versículos:
i) Não temas, eu te remi. Remissão é pagamento de dívida. O Senhor pagou nossa dívida. Porque Ele se pôs como nosso fiador.
ii) Chamei-te pelo teu nome. Ele nos deu um novo nome. Somos seus filhos adotivos.
iii) Tu és meu, pois pertencemos ao Senhor e Ele cuidará do que lhe pertence. Como resultado desse cuidado temos a descrição da Benção.
iv) Quando passares pelas águas estarei contigo. As águas são o curso normal da vida. O Senhor disse que estaria conosco "todos os dias até o fim".
v) E quando passares pelos rios, eles não te submergirão. Os rios são os afluentes. São os desvios da vida. São as coisas que se apresentam e querem desviar-nos do nosso curso, mas o Senhor não permitirá que o servo seja envolvido nessas coisas.
vi) Quando passares pelo fogo, ele não te queimará, são as provas que temos que passar, mas a vitória é certa, as provas não destroem o servo. Lembrem-se de Azarias, Misael e Hananias, na fornalha.
vii) As chamas não arderão em ti, porque o Senhor te livrará do fogo do juízo.
Resumo do ministério de Jeremias
Capítulo 1 - O chamado de Jeremias.
Os versos 6 e 7 dão a entender que ele era muito novo por ocasião de seu chamado. No verso 9 vemos uma semelhança com o chamado de Isaías (Is 6:5-7). Conforme os versos 2 e 3, Jeremias inicia seu ministério durante o reinado de Josias, filho de Amom, em Judá. Embora Amom tenha sido um mau rei (II Re 21:19-26), seu filho esforçou-se para restaurar a vida espiritual do povo. Sua história está no II Livro dos Reis 22:1 a 23:30. Nessa ocasião, as tribos que formavam o reino de Israel já haviam sido levadas para a Assíria, por Salmaneser, durante o reinado de Oseias (II Re 17:3 e 23). O reino de Judá permaneceu por algum tempo, porém seus últimos reis fizeram o povo se afastar da lei do Senhor, o que fez com que o Senhor os entregasse a Nabucodonosor, rei de Babilônia. Após a morte do bom rei Josias, reina seu filho Joacaz, durante três meses e foi um mau rei (II Re 23:31-33). Faraó Neco manda prendê-lo e o envia para Hamate. Eu seu lugar reina seu irmão, Eliaquim, e faraó muda-lhe o nome para Jeoaquim. Reinou onze anos e foi um mau rei (II Re 23:34 a 24:6). Após sua morte, seu filho Joaquim reina. Reinou três meses e foi um mau rei (II Re 24:6-16). Nabucodonosor leva-o para a Babilônia e estabelece seu tio, Matanias, como rei em seu lugar, mudando-lhe o nome para Zedequias. Zedequias reinou nove anos e foi outro mau rei em Judá. Nabucodonosor mata seus filhos diante de seus olhos e, em seguida, fura seus olhos, para que a última coisa que visse fosse a morte de seus filhos e nunca mais se esquecesse que isso era consequência de ser pessoa mau diante de Deus. Zedequias é levado cativo para a Babilônia (II Re 24:17 a 25:7). Aqui termina o reino de Judá.
Com a terceira deportação para a Babilônia, Jerusalém é destruída, juntamente com o templo. Os muros são derrubados e as portas da cidade queimadas. Vejam que Josias foi o último bom rei de Judá. Jeremias profetizou durante o reinado desses quatro reis e quando Jerusalém é destruída foi dado a Jeremias o livre arbítrio para decidir entre ir para a Babilônia com o povo ou permanecer em Jerusalém e ele prefere ficar. O povo que restou na terra, porém, se rebela e vão para o Egito, levando o profeta junto com ele. A partir desse momento não se tem mais registros de sua vida. Após Zedequias o próximo rei judeu coroado foi o Senhor Jesus, no dia em que foi crucificado (Mt 27:29; Apoc. 14:14). Nenhum outro rei foi estabelecido após o Senhor Jesus e Ele voltará em glória para exercer o seu reinado em Jerusalém.