Semana 37

Comentários Bíblicos: de 09 a 15 de setembro de 2024

O Espírito Santo tem marcado nossas vidas

  • Hoje em dia grande parte das pessoas conhecem o texto de Apocalipse 13:16-18 que fala a respeito de um sinal da besta, que será posto na testa e na mão direita daqueles que adorarem sua imagem. No texto de Ezequiel capítulo 9, versos 4 e 6, vemos que o Senhor disse que aqueles que gemem por causa da idolatria e de ver o povo de Israel afastando-se do Senhor e servindo a falsos deuses, receberão um sinal na testa, que os identificará como servos fiéis. Nosso Senhor tem posto seu sinal sobre a igreja. “Quanto ao mais, ninguém me moleste, porque eu trago no corpo as marcas de Jesus” (Gl 6:17). O Senhor sempre pôs sua marca para identificar aqueles que serão salvos:

i) Ele deu uma marca ao povo de Israel quando ia sair do Egito, e que foi o sangue do cordeiro;

ii) Ele deu uma marca para que a casa de Raabe fosse identificada e todos os que estivessem dentro dela fossem salvos, e essa marca era o fio escarlate.

  • O servo do Senhor traz, como Saulo, as marcas de Cristo, que foram feitas pelo Espírito Santo e por isso, será guardado da morte eterna (Ezequiel 9:5-6). A vitória da Igreja vem do Projeto de Salvação do Senhor, e alcançamos esse projeto pelo sangue de Jesus, e pela palavra do seu testemunho. O testemunho de Jesus é o seu Espírito Santo que está aqui para testemunhar e nos convencer de uma grande Obra que Deus tem para nós. “Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo” ( Jo 16:7-8 ). “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Rom 8:26).

O Olhar de Deus para a Igreja Fiel

  • O texto de Ezequiel 16:8 é muito poético. Ele fala a respeito da escolha de Israel pelo Senhor Deus; fala das operações do Senhor em seu favor, tornando-o uma nação forte, soberana e poderosa. Traz um lamento sobre o afastamento espiritual que Israel cometeu contra seu Deus, misturando-se com outras nações e adotando seus costumes, deuses, rituais e afastando-se do seu projeto. Mas o Senhor diz que embora Israel tenha deixado a aliança, Ele é fiel, e vai julgar os pecados de Israel, e ao final Ele fará que seja novamente seu povo escolhido e nunca mais o deixará.
  • O texto também se aplica à igreja de uma forma maravilhosa. O Senhor veio por Israel, mas Ele viu o gentio e o amou. A mulher do fluxo de sangue não deveria estar ali, mas desviou o caminho do Senhor de junto a Jairo (Israel) para tratar com ela primeiro (igreja) (Mc 5:25-26). A mulher siro-fenícia (Mc 7:26) que disse a Jesus que embora o pão fosse de Israel (Jesus era judeu), ela tinha direito às migalhas (pão partido em pedaços pequenos que representaria a igreja como corpo tendo seus membros em particular. Jesus ia ensinar isso na última ceia. A grande bênção foi Jesus ter posto seus olhos sobre nossas vidas e amado a cada um de nós. Ele estendeu sobre nós sua salvação, fez aliança conosco e nos deu juramento de que virá nos buscar para estarmos para sempre com ele.

Informações sobre o livro de Joel

  • É a obra que tem o nome do profeta, e encerra a sua mensagem (Joel 1 a 3). A data do livro de Joel tem sido muito discutida. A sua profecia menciona, entre os inimigos do país, os fenícios (Joel 3:4), os edomitas, e os egípcios (Joel 3:19); não fazendo referência alguma aos assírios ou aos babilônios, o que mostra claramente que ele escreveu, ou antes de estas potências terem-se tornado formidáveis, ou depois de o terem sido. Por consequência, ele deve colocar-se entre os primeiros profetas ou entre os últimos, sendo mais geralmente aceita, e com vistos de correta, a primeira ideia. A mensagem de Joel mostra que ele existiu num tempo em que o povo de Judá não tinha ainda caído naquela extrema depravação, de tempos posteriores. Por essas razões, talvez, se possa precisar o período do seu ministério entre os reinados de Joás e Uzias.

  • Joel foi contemporâneo de Oséias e Amós, e assim como esses falaram a Israel, assim Joel falou a Judá. Os assuntos do livro podem dividir-se em duas partes, começando a segunda em Joel 2:18. De Joel 1:1 a 2:11 o profeta descreve, com vivas expressões, uma iminente devastação, a vinda de sucessivos exércitos de gafanhotos (Joel 1:4), e uma terrível seca (Joel 1:1-19), querendo, provavelmente, representar desta forma as calamidades que vieram com as diferentes invasões. Ele então exorta ao arrependimento, ao jejum, e à oração (Joel 2:12-17), prometendo a remoção destes males, e a vinda de ricas bênçãos. Ao mesmo tempo anuncia o derramamento do Espírito Santo (Joel 2:18-31 - veja Atos 2:1-21, e 10:41), e o ‘terrível dia do Senhor’ (Joel 2:31 a 3:14 - *veja Mateus 24:29).

  • No capítulo 3 do livro de Joel o profeta prediz a convocação das nações no vale de Josafá, ou vale da decisão, a sua destruição, o estabelecimento de Jerusalém como cidade santa, e o glorioso estado de paz e prosperidade, de que havia de gozar a igreja nos dias do Messias. As anunciadas desgraças no primeiro capítulo são evidentemente literais, e estão descritas na mais terrível forma de calamidade que pode ferir um povo agrícola. É questionável se também no segundo capítulo persiste a mesma interpretação ou se a praga de gafanhotos é simbolicamente tomada por uma invasão de inimigos (Apoc 9:3-11), ou por diversas e repetidas invasões como as de Tiglate-Pileser, Salmaneser, Senaqueribe e Nabucodonosor. Talvez haja mesmo referência à subjugação do país, em tempos futuros. Outras interpretações referem-se a combinação destes pontos de vista, e consideram aquela profecia uma descrição literal e figurada de iminentes calamidades em geral.

  • O ‘gafanhoto’ é de certo modo, usado nas Escrituras, umas vezes no sentido próprio, outras simbolicamente, e no segundo capítulo empregam-se expressões que parecem ter uma dupla significação, como as usadas mais tarde por Jesus Cristo (Mt 24), quando alude a uma primeira provação, e à última. Efetivamente, assim como todos os grandiosos e divinos livramentos prefiguram a redenção por meio do sacrifício na Cruz, assim também as grandes e calamitosas visitações são uma figura do dia de Juízo. O estilo de Joel é claro e elegante, sendo apenas obscuro para o fim. A dupla destruição anunciada nos capítulos 1 a 2:11, a primeira efetuada pelos gafanhotos e a segunda pelos inimigos de quem eram precursores, está descrita em termos que são admiravelmente adaptados ao duplicado caráter da narração. Quanto aos livros do A.T., está Amós em relação com Joel no sentido de ter Joel (3:16) fornecido a nota tônica a Amós nas palavras do capítulo 1:2. No N.T. lê-se que Pedro, no dia de Pentecoste, citou a predição de Joel, concernente aos ‘últimos dias’ (2:28-32), como realizada no dom do Espírito Santo (At 2:17-21). As palavras com que esta profecia fecha são citadas por Paulo (Rom 10:13). Do gafanhoto, como símbolo de um exército destruidor, capítulos 1 e 2, se faz menção no Apocalipse 9:7-9.