i) Ele deu uma marca ao povo de Israel quando ia sair do Egito, e que foi o sangue do cordeiro;
ii) Ele deu uma marca para que a casa de Raabe fosse identificada e todos os que estivessem dentro dela fossem salvos, e essa marca era o fio escarlate.
O Olhar de Deus para a Igreja Fiel
Informações sobre o livro de Joel
É a obra que tem o nome do profeta, e encerra a sua mensagem (Joel 1 a 3). A data do livro de Joel tem sido muito discutida. A sua profecia menciona, entre os inimigos do país, os fenícios (Joel 3:4), os edomitas, e os egípcios (Joel 3:19); não fazendo referência alguma aos assírios ou aos babilônios, o que mostra claramente que ele escreveu, ou antes de estas potências terem-se tornado formidáveis, ou depois de o terem sido. Por consequência, ele deve colocar-se entre os primeiros profetas ou entre os últimos, sendo mais geralmente aceita, e com vistos de correta, a primeira ideia. A mensagem de Joel mostra que ele existiu num tempo em que o povo de Judá não tinha ainda caído naquela extrema depravação, de tempos posteriores. Por essas razões, talvez, se possa precisar o período do seu ministério entre os reinados de Joás e Uzias.
Joel foi contemporâneo de Oséias e Amós, e assim como esses falaram a Israel, assim Joel falou a Judá. Os assuntos do livro podem dividir-se em duas partes, começando a segunda em Joel 2:18. De Joel 1:1 a 2:11 o profeta descreve, com vivas expressões, uma iminente devastação, a vinda de sucessivos exércitos de gafanhotos (Joel 1:4), e uma terrível seca (Joel 1:1-19), querendo, provavelmente, representar desta forma as calamidades que vieram com as diferentes invasões. Ele então exorta ao arrependimento, ao jejum, e à oração (Joel 2:12-17), prometendo a remoção destes males, e a vinda de ricas bênçãos. Ao mesmo tempo anuncia o derramamento do Espírito Santo (Joel 2:18-31 - veja Atos 2:1-21, e 10:41), e o ‘terrível dia do Senhor’ (Joel 2:31 a 3:14 - *veja Mateus 24:29).
No capítulo 3 do livro de Joel o profeta prediz a convocação das nações no vale de Josafá, ou vale da decisão, a sua destruição, o estabelecimento de Jerusalém como cidade santa, e o glorioso estado de paz e prosperidade, de que havia de gozar a igreja nos dias do Messias. As anunciadas desgraças no primeiro capítulo são evidentemente literais, e estão descritas na mais terrível forma de calamidade que pode ferir um povo agrícola. É questionável se também no segundo capítulo persiste a mesma interpretação ou se a praga de gafanhotos é simbolicamente tomada por uma invasão de inimigos (Apoc 9:3-11), ou por diversas e repetidas invasões como as de Tiglate-Pileser, Salmaneser, Senaqueribe e Nabucodonosor. Talvez haja mesmo referência à subjugação do país, em tempos futuros. Outras interpretações referem-se a combinação destes pontos de vista, e consideram aquela profecia uma descrição literal e figurada de iminentes calamidades em geral.
O ‘gafanhoto’ é de certo modo, usado nas Escrituras, umas vezes no sentido próprio, outras simbolicamente, e no segundo capítulo empregam-se expressões que parecem ter uma dupla significação, como as usadas mais tarde por Jesus Cristo (Mt 24), quando alude a uma primeira provação, e à última. Efetivamente, assim como todos os grandiosos e divinos livramentos prefiguram a redenção por meio do sacrifício na Cruz, assim também as grandes e calamitosas visitações são uma figura do dia de Juízo. O estilo de Joel é claro e elegante, sendo apenas obscuro para o fim. A dupla destruição anunciada nos capítulos 1 a 2:11, a primeira efetuada pelos gafanhotos e a segunda pelos inimigos de quem eram precursores, está descrita em termos que são admiravelmente adaptados ao duplicado caráter da narração. Quanto aos livros do A.T., está Amós em relação com Joel no sentido de ter Joel (3:16) fornecido a nota tônica a Amós nas palavras do capítulo 1:2. No N.T. lê-se que Pedro, no dia de Pentecoste, citou a predição de Joel, concernente aos ‘últimos dias’ (2:28-32), como realizada no dom do Espírito Santo (At 2:17-21). As palavras com que esta profecia fecha são citadas por Paulo (Rom 10:13). Do gafanhoto, como símbolo de um exército destruidor, capítulos 1 e 2, se faz menção no Apocalipse 9:7-9.