Comentários Bíblicos: de 24 a 30 de junho de 2024

Jesus, nosso único Salvador.

No Salmo 3:5 que diz: “Eu me deitei e dormi; acordei, porque o Senhor me sustentou”, temos algumas referências proféticas muito interessantes.

A palavra “sono” na Bíblia tem, via de regra, o sentido de “morte”:

Davi dormiu com seus pais (I Reis 2:10)
Roboão dormiu com seus pais (I Reis 14:31)
Baasa dormiu com seus pais (1 Reis 16:6)

O Texto de Salmo 3:5 acima é uma profecia a respeito da morte e ressurreição de Jesus.

Deitei (Ministério de Jesus que veio para dar descanso ao homem). Dormi (morte). Acordei (ressurreição). Porque o Senhor me sustentou (Era a vontade do Pai, seu projeto).
É preciso saber que o Senhor Jesus disse que devia cumprir tudo o que a respeito dele estava escrito na Lei, nos Profetas e nos Salmos (Lc 24:44). Ou seja, em todo o Velho Testamento estava profetizado a respeito de seu nascimento, vida, ministério, morte e ressurreição. O resultado de sua morte foi a salvação do homem e a formação da igreja, a qual é chamada de noiva do Cordeiro. Já no livro de Gênesis encontramos uma tipologia a respeito da morte de Jesus; do momento em que seria ferido pela lança do soldado romano, derramando seu sangue e ao despertar (ressurgir), sua igreja estaria constituída para viver ao seu lado para sempre.

Gênesis 2:21-23 Adão (primeiro homem) tipo de Jesus (I Co 15:45). Pesado sono (morte de Jesus). Tomou uma de suas costelas. Jesus foi ferido na costela (Jo 19:34). Adão acordou e a mulher estava junto dele. Jesus ressuscitou e a igreja estava junto a Ele (Rt 3:8). A mulher foi formada da costela de Adão. A igreja foi formada pelo sangue de Jesus derramado (pelo seu Espírito Santo). A igreja é o resultado do penoso trabalho do Senhor Jesus.

Quando o homem pecou, Deus disse a ele que com o suor do rosto comeria seu pão. Quem suou sangue para dar o pão que sustenta a alma do homem foi o Senhor Jesus (Lc 22:44). Por causa de nosso pecado Ele teve que trabalhar por nós (Is 43:24), mas como todo trabalhador ao receber seu pagamento, se alegrou. A Palavra diz que Ele viu o resultado de todo o seu trabalho e se alegrou, o resultado foi a nossa salvação (Is 53:11). Quando o Pai perguntou qual era o salário que Ele desejava receber pelo seu trabalho, Ele escolheu o homem pecador, cheio de defeitos, problemas, angústias, enfermidades, desprezado, abandonado (Gn 30:28 e 32). A resposta do Pai foi: “Digno é o trabalhador do seu salário” (I Tm 5:18). Por isso Jesus cuida das nossas vidas como um bom pastor profetizado no Salmo 23, e um dia nos apresentará diante de seu Pai na eternidade (Gn 48:8-9). “Tenho guardado aqueles que Tu me deste, e nenhum deles se perdeu” (Jo 17:22b). O Salmos 4:8 é também uma promessa da eternidade. "Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança" (Salmos 4:8).

O poder do Sangue de Jesus sobre nós é a certeza da vitória

Vemos no Salmo 9:12 o seguinte texto: ...pois quando inquire do derramamento de sangue, lembra-se deles: não se esquece do clamor dos aflitos.

Inquire: Deus requereu o sangue do seu próprio filho Jesus para Salvação do homem de seus pecados. "E dará à luz um filho e chamarás o seu nome Jesus; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados" (Mt 1:21).
Lembra-se: Deus atende as nossas necessidades pelo clamor pelo Sangue de Jesus. O acesso ao Pai é somente pelo filho. "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem" (I Tim 2:5)
Não se esquece dos aflitos: Quando clamamos pelo Sangue de Jesus, Deus atende a nossa necessidade porque foi necessário o derramamento de sangue para remissão dos nossos pecados. "E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão" (Hb 9:22). Sempre que clamamos pelo Sangue de Jesus lembramos o Senhor Deus do sacrifício de Jesus, mostramos que ele é nosso remidor, e pagou nossa dívida, e Deus ouve o nosso clamor, porque Jesus deu a vida que estava nele para nós, nos reconciliando com o Pai.

Jesus nosso rei dos reis

Davi na posição de servo quando escreve o Salmo 23 tinha a vida dirigida pelo Senhor (Guia-me mansamente), com o refrigério do Espírito Santo sobre ele (Refrigera minha alma) e seguro no caminho da Salvação mesmo com tantas oposições (Ainda que eu andasse no vale da sombra da morte, não temeria mal algum, pois tu estás comigo). A confiança de Davi era em saber que tinha um Deus vivo e poderoso que o sustentava e operava em seu favor. O transbordar do Espírito Santo estava sobre ele (Meu cálice transborda), seu coração cheio e na comunhão com o Pai. Assim precisa ser a nossa vida diante do Senhor.
Davi foi um homem experimentado na guerra, nas batalhas, desde menino, quando defendeu o rebanho de seu pai. Na juventude derrotou Golias. Venceu todos os inimigos de Israel. Os adversários estiveram diante dele por toda sua vida e ele sabia que fora levantado por Deus para fazer as guerras do Senhor. Nesse texto ele pede que entre ele e os inimigos, estivesse a mesa do Senhor, onde ele pudesse se assentar, com a cabeça ungida e o coração cheio do Espírito Santo. Entre ele e os inimigos estava a comunhão com o Senhor. Estava o partir do pão. Estava o louvor. Estava o culto. Essa foi a mesma atitude que fez Ester, quando ela e todo seu povo foram ameaçados de morte: Ela preparou um banquete (uma mesa) para o rei e o convidou a participar e disse que Hamã viesse com ele (Est 5:4). No banquete o rei perguntou-lhe qual era seu desejo e ela disse: “amanhã farei outro banquete, venha o rei e venha Hamã ao banquete” (Est 5:8). Ester tipifica a igreja. Ela está sempre passando por lutas e provas. Mas ela prepara um culto de louvor ao Senhor todos os dias. O pedido dela é um só, que o Rei esteja presente. Hamã representa tudo aquilo que a faz sofrer, mas se o rei estiver presente, Hamã pode vir, que ela estará segura. O rei perguntou: “O que você quer Ester?”. “Amanhã farei outro banquete igual a esse, o que eu quero é que o rei esteja presente de novo. Se Hamã quiser vir, que venha”. No dia seguinte, farei outro banquete. As lutas estão sempre presentes, tudo o que a igreja quer e precisa, é que o Senhor esteja junto com ela ao final de cada dia, nas festas de louvores que ela prepara para Ele.

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