Semana 41

Comentários Bíblicos: de 07 a 13 de outubro de 2024

Algumas informações sobre o Livro de Sofonias.

  • O autor deste livro pode ter sido um tetraneto do rei Ezequias (Sof 1:1). Ele viveu no reinado de Josias (Sof 1:1), e certamente antes desse rei ter empreendido a reforma, conhecida pelo seu nome. O propósito do profeta foi avisar o povo contra as consequências do pecado, e preparar, assim, o caminho para a reforma. O que o livro encerra, pode ser resumido desta maneira:

  • O primeiro capítulo contém uma acusação geral contra Judá, e contra todos aqueles que praticavam ritos idólatras, sendo condenado Baal e os seus sacerdotes Quemarim e Milcom (Moloque), e proclama pelo profeta a proximidade do grande ‘dia de indignação, dia de angústia’ (Sof 1:14-15). Há, aqui, uma evidente referência à invasão dos citas, que por esse tempo enchiam a terra de terror. As regiões circunvizinhas, especialmente o país dos filisteus, foram devastadas, mas havia a esperança de que Jerusalém havia de ser poupada, e assim aconteceu (Sofs 1:12), sendo, pois, adiada a catástrofe.

  • O segundo capítulo prediz os diversos castigos em conexão com a grande invasão que haviam de sofrer os filisteus, e especialmente os habitantes da borda do mar (quereteus), os moabitas, os amonitas e os etíopes, e descreve em termos maravilhosamente exatos a desolação de Nínive. Essas profecias começaram a ter o seu cumprimento com as conquistas de Nabucodonosor. O resultado de tudo isso foi ser prestada a devida reverência ao Senhor, visto como estavam caindo em descrédito ‘os deuses da terra’. os pagãos haviam de prestar-lhe culto, ‘cada um do seu lugar’ (Sof 2:11). E na última parte da profecia se descreve a sua nova crença, pois lhe oferecem sacrifícios (Sof 3:10).

  • No terceiro capítulo, repreende, Sofonias, a cidade de Jerusalém, censura-a pelos seus pecados, e conclui com as mais animadoras promessas sobre a sua restauração futura, sobre a reunião das nações na igreja de Deus, e sobre a feliz condição do povo do Senhor nos últimos dias. Estudiosos observaram a exatidão com que Sofonias, Amós, e Zacarias predizem o destino das quatro principais cidades da Filístia: Gaza, Ascalom, Asdode e Ecrom. Comparando entre si Amós 1:6-8, Zacarias 9:5, e Sofonias 2:4-6, ver-se-á que a respeito de Gaza está escrito que sobre ela havia de vir a assolação, e lhe seria arrebatado o seu rei. Presentemente, entre ruínas de mármore branco, fazendo ver a sua primitiva magnificência, são algumas aldeias com casas de barro a única morada dos seus habitantes. De Ascalom e de Asdode está dito que haviam de ficar sem habitantes. E, na verdade, assim é. Gaza tem habitantes, mas Ascalom e Asdode já não existem, embora ainda se vejam as suas ruínas. Diferente foi o destino de Ecrom: ‘Será desarraigada’, diz a profecia. Até o seu verdadeiro nome se perdeu, e não se sabe o sítio onde estava. Na verdade, a profecia e a providência, as predições e os respectivos acontecimentos, são obra da mesma mão onipotente.

O projeto de Deus para Israel e Igreja

  • As palavras do profeta Ageu no texto de Ageu 2:6-9 têm tríplice aplicação profética. Ageu nasceu durante o cativeiro babilônico e estava entre os que retornaram para Jerusalém sob o governo de Zorobabel, no ano 536 a.C. (Esd 5:1).

  • A primeira aplicação profética refere-se ao templo de Jerusalém que havia sido destruído setenta anos antes, pela invasão de Nabucodonosor. Ageu profetizou sua restauração (Esd 6:14) e, por causa das perseguições, a obra foi interrompida. Quatorze anos mais tarde, exorta o povo para que retomem a reconstrução e conseguem finalizar as reformas (Ageu 1:12-13). Essa obra se inicia quando os alicerces da casa do Senhor foram postos. Ao ver isso, todo o povo jubilou e chorou (Esd 3:10-11). Quando viram o fundamento, entenderam que a glória do segundo templo seria maior que a do primeiro. Para a reconstrução eram necessários ouro, prata, madeira, recursos financeiros, etc. O Senhor cumpre sua palavra de que Ele é o dono do ouro e da prata, porque o rei Ciro, movido pelo Espírito Santo, manda devolver todo o ouro e prata que foram tirados do templo e levados para Babilônia (Esd 1:8-11). Mais tarde, o rei Dario confirma o edito de Ciro e ordena a devolução do ouro e da prata, além de pagar as despesas com os tributos recolhidos à fazenda real (Esd 6:3-12).

  • A segunda aplicação profética diz respeito ao templo da igreja gentílica. O templo construído, não com mãos humanas, mas edificado pelo seu Espírito Santo. É a edificação do homem como templo do Espírito Santo (Hb 3:6). O primeiro homem pecou e perdeu a comunhão com Deus. Agora, com a morte de Jesus, a pedra fundamental (At 4:11) foi posta e toda a obra é edificada sobre essa rocha, conforme o Senhor falou para Pedro em seu diálogo em Mateus 16:15-18: Os alicerces da salvação é Jesus: O Cristo; O Filho de Deus Vivo. É sobre essas três coisas que a igreja é edificada. Quando o homem tem um encontro com o fundamento da obra de Deus ele tem certeza de que a glória do segundo templo será maior que a do primeiro. Meu é o ouro: todo o poder de Deus em favor da salvação do homem, confirmado pelo derramar do seu precioso sangue na cruz. Minha é a prata: toda a operação do Espírito Santo sobre aqueles que hão de herdar a salvação. A glória desse segundo homem será maior que a do primeiro, porque o primeiro foi carnal e o segundo é espiritual. (1 Pe 2:4-5). O primeiro homem foi feito alma vivente; o segundo espírito vivificante (1 Cor 15:45).

  • A terceira aplicação profética aponta para a vinda em glória do Senhor Jesus para estabelecer no mundo o seu milênio. Farei tremer as nações. “Do Senhor dos Exércitos serás visitada com trovões, e com terremotos, e grande ruído com tufão de vento, e tempestade, e labareda de fogo consumidor” (Is 29:6). E neste lugar darei a minha paz. Quando o Senhor reinar, então a paz será estabelecida sobre todo o mundo. Essa glória será a maior de todas, será a glória eterna.

Algumas informações sobre o profeta Zacarias e o Livro de Zacarias

  • O nome Zacarias significa: O Senhor se lembra; Deus é afamado ou lembrado. Ele foi um profeta de Judá, o 11º entre os doze profetas menores. Tal como Ezequiel, era de descendência sacerdotal. Descreve-se a si mesmo como (Zac 1:1) “filho de Berequias”. Em Esdras 5:1 e Esdras 6:14 é chamado “o filho de Ido”, que era, mais exatamente, o seu avô. Iniciou a sua missão como profeta no segundo ano de Dario (520 A.C.), cerca de dezesseis anos depois do regresso do primeiro grupo vindo do exílio babilônico. Foi contemporâneo de Ageu (Esd 5.1) e o seu livro está dividido em duas partes distintas:

a) Capítulos 1 a 8, e

b) Desde o Capítulo 9 até ao fim.

  • O livro começa com um prefácio (Zac 1:1-6), no qual ele recorda a história passada do povo de Israel, com o propósito de apresentar um aviso às gerações presentes. Depois segue-se uma série de oito visões (Zac 1:7 a 6:8), que se sucedem umas às outras numa noite só e que podem ser vistas como a história simbólica de Israel. Destinar-se-iam a servir de consolo àqueles que tinham regressado do exílio e a incutir neles alguma esperança. O ato simbólico aí mencionado, a coroação de Josué (Zac 6:9-15), descreve a maneira como os reinos do mundo se tornarão no reino de Cristo.

  • Os Capítulos 7 e 8, escritos dois anos mais tarde, são uma resposta à questão que o povo, muitas vezes, colocava sobre se deveria continuar a lamentar a destruição da cidade, sendo também um discurso de encorajamento ao povo, assegurando-lhes que a presença e as bênçãos de Deus continuavam com eles. Não se conhece a data da segunda parte do livro, que está dividida em duas secções e é provável que um intervalo considerável a separe da primeira parte. A primeira seção (capítulos 9 a 11) dá-nos um esboço do modo como Deus lidará com o seu povo por altura do Advento. A segunda seção (capítulos 12 a 14) aponta para a glória que espera o Israel “dos últimos dias”, para o conflito final e para o triunfo do reino de Deus.

Profecias a respeito de Jesus no livro de Zacarias

  • Promessas de Jesus sobre sua vinda: Eis que venho e habitarei no meio de ti (Zac 2:10). O teu rei virá a ti, justo e salvo, pobre e montado sobre um jumentinho (Zac 9:8).

  • Operações de Deus sobre a morte de Jesus: Tirarei a iniquidade dessa terra num só dia (Zac 3:9). Por causa do sangue da tua aliança, libertei os presos da cova em que não havia água (Zac 9:11).

  • Profecias sobre a morte de Jesus: O preço com que foi avaliado: trinta moedas de prata (Zac 11:12). O preço da traição será lançado ao oleiro (Zac 11:13).

  • Profecia sobre o derramamento do Espírito Santo: Seu nome é Renovo e Ele brotará de seu lugar e edificará o templo do Senhor (Zac 6:12).

  • Profecias para Israel após o arrebatamento da igreja: Israel será cercada e atrairá grande lutas sobre todo o mundo (período da grande tribulação - Zac 12:3). Jesus descendo em glória para salvar Israel (Zac 12:10). Jesus falando com Israel sobre sua crucificação (Zac 13:6).