Semana 52

Comentários Bíblicos: de 23 a 29 de dezembro de 2024

Algumas informações sobre o livro de Judas.

  • A autoria desta epístola tem sido atribuída a duas pessoas com o nome de Judas. Uma destas é o apóstolo Judas, também chamado Lebeu, e Tadeu (Mt 10.3; Jo 14.22). Mas, não há prova concreta de que este apóstolo fosse o ‘irmão de Tiago’, como a si próprio o escritor da epístola se denomina. Em Lucas 6:16 e Atos 1:13, em algumas versões, a palavra ‘irmão’ não está no original, e seria mais uma expressão de uso geral da linguagem. Particularmente no novo testamento, a palavra ‘filho’ é também comumente empregada sem que seja realmente para denominar um “filho” consanguíneo. Além disso, se o escritor desta epístola tivesse sido apóstolo, ele não julgaria necessário apresentar-se como ‘irmão de Tiago’, nem se distinguiria dos apóstolos, como as palavras do verso 17 parecem indicar. Disto tudo se conclui que aquele Tiago, mencionado no verso 1, era realmente o ‘irmão do Senhor’ (Gl 1:19; Mc 6:3), o qual tem um trabalho distinto na última parte da idade apostólica. E nesta consideração teria estado Judas com os irmãos do início da igreja e não relação parestesca consanguínea direta com Jesus Cristo (Mt 13.55, e Mc 6.3). Judas provavelmente pertencia, então, ao número daqueles irmãos do Senhor que estiveram com os apóstolos depois da sua ascensão (At 1:14; 1 Cor 9:5).

  • Sobre a vida de Judas não temos informações certas. Os seus descendentes são mencionados por Eusébio. Conta este escritor que quando o imperador Domiciano mandou que fossem mortos todos os descendentes de Davi, alguns dos heréticos acusaram os descendentes de Judas de pertencerem à família de Davi, visto como era Judas irmão, segundo a carne, do Salvador, e por sua vez descendia Jesus daquele rei. E depois se refere à boa confissão da fé cristã, que eles fizeram na presença dos seus perseguidores (Eccl. Hist. iii.20). Não parece que a Epistola tenha sido dirigida a qualquer igreja. Segundo a antiga tradição, trabalhou Judas entre aqueles povos ao oriente da Judéia, e desse fato concluem alguns que a epístola foi mandada aos cristãos que por aquelas regiões se encontravam. Supõem outros que foi escrita para os cristãos da Palestina. Quanto à data, pode ela inferir-se da natureza das heresias e das práticas nocivas que aí são combatidas, e do modo como o autor fala da pregação dos apóstolos, mostrando que a epístola é mais referente ao passado do que ao presente. Parece, então, ter sido escrita no último período apostólico, poucos anos antes da destruição de Jerusalém, talvez cerca do ano 67 d.C. É obvia a relação desta epístola com a 2ª Carta de Pedro. Há, entre as duas epístolas, uma notável semelhança, tanto no pensamento como na linguagem. A elegância do estilo na epístola de Judas, a sua particular forma e vigor nos pensamentos e linguagem, e a sua coerência de ideias, tudo nos leva a crer que a carta é toda original. E, por outro lado, o cap. 2 da 2ª Carta de Pedro, onde se revela a semelhança com a epístola de Judas, parece ser diferente do estilo simples de Pedro. Há, também, na epístola de Pedro algumas expressões que precisam comparar-se com os lugares paralelos de Judas para se compreender a sua significação (2 Pe 2:11; Jud 9). No seu todo a epístola de Judas parece ter sido escrita primeiramente e Pedro, seguindo-a até certo ponto, usa-a de um modo independente, resumindo alguns pensamentos e acrescentando novas particularidades. O fim especial desta epístola parece ter sido acautelar os cristãos contra os falsos doutores que faziam consistir toda a religião na crença especulativa e profissão exterior, procurando arrastar os seus discípulos à insubordinação e licenciosidade. A carta pode dividir-se em duas partes: i) a primeira trata do castigo dos falsos mestres (vers. 5 a 7), e ii) a segunda, do seu caráter em geral (vers. 8 a 19).

Apocalipse 1

  • Todo o livro de Apocalipse é profético, trazendo simbolismos e tipologias importantes para a vida do servo de Deus. A primeira palavra do livro é “Revelação”. A única forma de compreender esse livro (entrar nele) é pela revelação. Sem ela vamos cometer os mesmos erros de muitos até hoje, que não alcançam o entendimento. Por isso muitos têm medo de ler o livro, porque as pessoas têm medo do que não conhecem. Alguns ensinos importantes a partir do verso 1, do capítulo 1.

Verso 1 O objetivo do livro: Revelação de Jesus Cristo. Revelar quem é Jesus Cristo. A quem foi escrito: Aos servos de Deus. O assunto: Mostrar as coisas que em breve hão de acontecer. Quem é o autor do livro: Jesus Cristo. Quem é o escritor do livro: A Bíblia foi escrita por aproximadamente quarenta homens, e são chamados de hagiógrafos. O livro de Apocalipse foi escrito por João, o apóstolo. O último que ficou daquela geração que andou ao lado de Jesus, ouviu sua voz, seu tom de voz, sentiu seu toque, seu cheiro.

Verso 2 A testemunha: João foi o discípulo que ficou aos pés da cruz até a hora em que Jesus entregou o espírito. Quando o soldado romano furou o lado do Senhor com a lança, jorrando sangue e água, João testificou que houve derramamento de sangue. O sangue do Cordeiro. João é a testemunha fiel sobre a morte de Jesus (João 19:34-35) e da sua ressurreição (João 20:2-8).

Verso 3 O livro foi escrito para um tempo determinado: Esse tempo chamado breve por João há quase dois mil anos, se refere aos nossos dias. Nós somos a geração que vive o tempo chamado breve. Como podemos afirmar que vivemos esse tempo chamado breve? Pelos sinais proféticos que já se cumpriram ou estão se cumprindo em nossos dias. Na eternidade não existe tempo cronológico, como nós conhecemos. Deus marca o momento em que as coisas vão acontecer por dispensações, juízos. Isso está muito bem descrito nos toques das trombetas escritos nesse livro.

Verso 4 As cartas escritas às sete igrejas: João escreveu sete cartas direcionadas às sete igrejas situadas na Ásia. Essas cartas continham uma palavra de ânimo e exortação a cada uma daquelas igrejas. Mas, além disso, as cartas trazem a profecia sobre o que aconteceria com a igreja no decorrer dos séculos, desde sua formação (no pentecostes – Atos 2) até seu arrebatamento.

Verso 11 – As sete igrejas:

1 – Éfeso

2 – Esmirna

3 – Pérgamo

4 – Tiatira

5 – Sardes

6 – Filadélfia

7 – Laodicéia

  • Então cada carta há uma profecia relacionada a um período em que a igreja viveria.

Os sete espíritos: Só existe um Espírito Santo, não são sete. Porém, quando a Bíblia fala de sete espíritos, está se referindo à ênfase da operação do Espírito Santo em cada uma das sete fases que a igreja viveria.

Isaías 11:2 profetizou a respeito dos sete espíritos:

1 – Espírito do Senhor

2 – Espírito de sabedoria

3 – Espírito de entendimento

4 – Espírito de conselho

5 – Espírito de fortaleza

6 – Espírito de conhecimento

7 – Espírito de temor

Versos 12 e 20 Os sete castiçais de ouro: Castiçal é o receptáculo de azeite, onde é posto o fogo que alumia nas trevas. Os sete castiçais de ouro simbolizam as sete igrejas, cheias do Espírito Santo, que têm a luz do Senhor em meio a um mundo de trevas.

Versos 16 e 20 As sete estrelas: As sete estrelas são os anjos das sete igrejas – ou os sete espíritos.

Capítulos 8 e 9 de Apocalipse - AS TROMBETAS.

O tempo em que foi escrito:

  • Conforme percebemos no breve estudo sobre as cartas às sete igrejas da Ásia, ao contrário do que muitos entendem, os acontecimentos profetizados no Apocalipse não irão começar a acontecer, mas já estavam ocorrendo quando João as escreveu. João foi o último do colégio apostólico a morrer, e porque o Senhor havia falado que ele ficaria até que Ele viesse (Jo 21:22-23), correu-se entre a igreja primitiva duas conclusões equivocadas, pois entenderam que João não morreria e ele morreu; e entenderam que Jesus voltaria ainda naquela geração e João ainda estaria vivo quando Ele viesse. Na verdade, Jesus disse que João ficaria até que Ele viesse para revelá-lo o Apocalipse, e foi o que aconteceu. João, então, estava vivendo o final do período de Éfeso e sua prisão foi o resultado das perseguições já da igreja de Esmirna (Apoc 1:9). Assim, acompanhando a história da igreja, percebemos que vivemos o último período da igreja, nós vivemos o período da igreja de Laodicéia.

O tempo para o qual foi escrito:

  • As profecias são para um tempo chamado breve. Há quase dois mil anos, quando o livro foi revelado ao apóstolo João, o Senhor Jesus mostrou uma série de coisas que brevemente iam acontecer, e já estavam acontecendo. Mas, quando Ele fala de sua volta, estava apontando para algo que iria acontecer a mais ou menos dois mil anos à frente, e Ele chama esse tempo de momento do breve. O livro ficou esse tempo todo sendo discutido por muitos estudiosos, interpretado de muitas maneiras, aplicado de muitas outras formas, porém há poucos anos o Senhor revelou o significado de pontos importantes que a igreja dessa última hora precisa saber. Para grande espanto e alegria da igreja, descobriu-se que o momento da vinda de Jesus se dará em um momento muito próximo aos dias em que vivemos.

O tempo de Deus:

  • Conforme já vimos, na eternidade não existe tempo como nós conhecemos. Nosso tempo é o Kronos, é o tempo que se conta que vem de cronológico, cronologia. Esse é o tempo do homem. Na eternidade o tempo não existe. Porém, a Bíblia usa a expressão Kairos para designar momento, e nós o chamamos de tempo de Deus. Quando João subiu ao céu, ele viu a consumação de todo o projeto de Deus, o fim de todas as coisas e o momento em que iniciará a Eternidade com Deus. Como podemos afirmar que o arrebatamento da igreja está prestes a acontecer, sendo que essa palavra é pregada há tanto tempo e até hoje não se cumpriu? Como explicamos acima, na eternidade o tempo não existe, e o que João viu quando estava na ilha de Patmos há dois mil anos, Moisés viu no monte Horebe há quase três mil e quinhentos anos de nossa história. Mas, na eternidade estavam no mesmo momento porque com a massa desconsiderada, o tempo é infinito. Deus marca o tempo que vivemos por dispensações e juízos. Estamos vivendo o final da dispensação da graça e podemos afirmar isso pelos sinais proféticos que se cumprem em nossos dias (nossa geração). O capítulo 8 de apocalipse descreve três eventos que já se cumpriram, e o quarto acontecerá concomitantemente ao arrebatamento da igreja. O capítulo 9 descreve outros dois eventos que ocorrerão após o arrebatamento da igreja. A sétima trombeta está descrita em Apocalipse 11:15-19. Um estudo detalhado das trombetas é abordado em nossa Escola Bíblica Dominial que pode ser acessado nas redes socias da Igreja Cristã Maranata, e no youtube oficial da igreja. Temos um papel fundamental nesse momento profético que vivemos: Falar de Jesus Como Salvador e do Arrebatamento da Igreja.