Semana 48

Comentários Bíblicos: de 25 de novembro a 1 de dezembro de 2024

Algumas informações sobre a carta de Paulo aos Romanos.

  • Essa carta foi dirigida a “todos os amados de Deus, que estais em Roma, chamados para serdes santos” (Rm 1:7). Quando Paulo chegou à Roma, como sempre fez em todas as cidades por onde passou, primeiramente reuniu-se com os judeus e expôs-lhes a salvação em Jesus. Porém, como era comum, alguns ficaram persuadidos a aceitar e outros permaneceram incrédulos, não permitindo a adesão dos judeus (At 28:23-25). Assim, Paulo volta-se novamente aos gentios, que de bom grado aceitavam a fé (At 28:29-31). Paulo estava ansioso para ministrar nessa igreja, que já era amplamente conhecida (Rm 1:8), e por isso escreveu a carta para preparar o caminho para sua visita (Rm 1:14-15).

  • A carta aos romanos foi escrita em Corinto, onde Paulo estava levantando recursos para os crentes pobres da Palestina. De lá partiu para Jerusalém para entregar o recurso, pretendendo continuar viagem para Roma e, de lá, para a Espanha (Rm 15:24). Tais planos foram mudados porque ele foi preso em Jerusalém, embora tenha chegado, finalmente em Roma, porém como prisioneiro. Febe, que pertencia à igreja de Cencréia, localidade próxima de Corinto (Rm 16:1), foi a provável portadora da carta a Roma. A carta foi escrita por Tércio, que provavelmente foi o copista de Paulo (Rm 16:22). Em outras cartas, Paulo dá a saudação inicial e informa o nome do possível copista, como em I Coríntios 1:1, quando menciona Sóstenes, e Timóteo em II Coríntios 1:1. Assim, o apóstolo ditava a carta para outro escrever. Talvez por sua visão bastante prejudicada, conforme podemos entender de Gl 6:11 (Vede com que grandes letras vos escrevi por minha mão). Porém, era comum ele escrever apenas a saudação, conforme lemos em I Coríntios 16:21; Colossenses 4:18 e 2 Tessalonicenses 3:17.

A manifestação do Espírito Santo para nossa Salvação

  • A Palavra fala em Romanos 8:26 que nós “não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito Santo intercede por nós com gemidos inexprimíveis.” É Ele quem sabe o que realmente necessitamos (que é o que convém pedir). Como pedimos muitas coisas e a maior parte não convém, Ele está diante de Deus intercedendo por nós. A forma como Ele intercede por nós, não se pode exprimir em palavras, conforme lemos no texto acima, e o faz de forma incessante, conforme Romanos 1:9. O Espírito Santo se preocupa com o homem (Rm 1:10). Ele deseja dar comunhão, revelar os mistérios de Deus, agir através dos dons espirituais, que são suas operações no meio da igreja (Rm 1:11). O que Ele deseja do servo, é que se lhe ofereça em algum tempo, uma boa ocasião de estar em nosso meio. O Espírito Santo deseja operar na vida de cada um, e Ele procura constantemente uma oportunidade de fazer isso. Ele deseja nos ver, e a igreja precisa proporcionar ao Espírito Santo boa ocasião para Ele se fazer presente e se manifestar. A melhor ocasião é o culto, mas Ele também tem como boa ocasião quando servo ora, jejua, lê a Palavra, canta louvores, vai à madrugada, limpa a casa do Senhor, vai aos mutirões, assiste aos seminários, evangeliza, prega a Palavra, cumpre as orientações do corpo, participa das reuniões de grupos (de assistência, senhoras, obreiros, jovens, louvor, etc.). Além disso, o Espírito Santo se manifesta pelos dons espirituais, confortando e operando naquilo que necessitamos, nos fortalecendo, edificando e consolando, para continuarmos servindo ao Senhor com todo o coração.

  • Hoje vemos uma sociedade, que identificamos como um mundo, uma religião, um ser humano que muitas vezes não quer a direção do Espírito Santo, mudando a Glória de Deus. As operações do Espírito Santo foram convertidas naquilo que é corruptível (Rm 1:23). Transformam a verdade (Palavra) de Deus em mentira, honrando homens e não valorizando a obra de Deus. Honrando aquilo que é humano e desvalorizando aquilo que é espiritual. Mudando a natureza humana que Deus criou (Rm 1:27-28). Honrando mais a criatura do que o criador. Como escrito em Romanos 1:28-32, assim Deus os vê, com todas as características daquilo que é mundano, e para esses, não há lugar no reino de Deus. "Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas" (I Cor 6:9). "Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira" (Ap 22:15). Mas o fiel tem um lugar reservado na eternidade. "Mas para vós, que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, e Salvação trará debaixo das suas asas; e saireis e saltareis como bezerros do cevadouro" (Mal 4:2).

O Espírito Santo quer transformar as nossas vidas

  • No início da igreja primitiva houve muitas conversões e a igreja cresceu rapidamente. Nas duas primeiras pregações de Pedro o número dos cristãos subiu de cento e vinte (120) pessoas (At 1:15) para quase oito mil (8.000) (At 2:41 e At 4:4). Contudo, está registrado na Bíblia que naqueles dias já havia muitas pessoas no meio da igreja que não eram convertidas. Algumas pessoas iam somente para ver algum sinal, outras iam aos cultos somente para comer porque a igreja primitiva tinha tudo em comum e partiam o pão diariamente nos cultos. Havia muitos desocupados e pessoas que queriam ouvir novidades (At 17:21). O Espírito Santo, então, fala por meio de Paulo, exortando: “Pelo amor de Deus, permitam ser transformados pela ação do Espírito Santo”. Sem essa transformação não é possível experimentar a vontade de Deus, que é boa, agradável e perfeita. Sua vontade é boa porque o Pai é bom (Mc 10:18). Sua vontade é perfeita porque o Perfeito é Jesus (I Co 13:10a). Sua vontade é agradável porque não há nada mais agradável que a visitação do Espírito Santo. A vontade de Deus que é boa, é perfeita, é agradável, é salvar o ser humano. Mas esse só experimentará essa vontade de Deus na sua vida se deixar ser transformado pela ação do Espírito Santo. “Cheguemo-os com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa” (Hb 10:22).

  • Muitos querem bênçãos para suas vidas e benefícios para essa vida, e até mesmo a eternidade, mas não querem novidade de vida. Não querem viver em santificação do Espírito. Querem a forma do mundo (Rm 12:2) e não a do Espírito Santo. Querem viver a Obra, mas do seu jeito, sem compromissos, sem responsabilidades. Se não for moldado pelo Espírito para viver em novidade de vida, não há salvação (Jo 3:5). Salvação é deixar ser moldado pelo Oleiro, e ele fazer do seu vaso o que bem quiser (Jr 18:6). Para a manifestação da Salvação de Deus em nossa vida tem que haver uma transformação do interior para o exterior, e a primeira coisa que precisa mudar é a mentalidade. A transformação é pela renovação do entendimento (Rm 12:2). Não adianta mudar de igreja porque não gosta do fulano, da fulana, porque teve problemas com gente. Tem que mudar o entendimento de Obra, e saber que pessoas falham, mas a Obra do Espírito Santo é perfeita. Para experimentar a ação do Pai (Boa), do Filho (Perfeita) e do Espírito Santo (Agradável) em sua vida, é necessária uma ação da trindade na mente do homem (I Co 2:16) e mudança de vida.

O ser humano precisa conhecer os mistérios de Deus

  • O desconhecimento do homem ao mistério (I Coríntios 2:7-8) de Deus, Jesus, tem o levado a crucificar o Senhor, ou seja, Jesus está morto, e quem governa as coisas é o homem na sua razão que não transcende. "O segredo do Senhor é com aqueles que o temem; e ele lhes mostrará a sua aliança" (Sl 25:14). Para alcançar o mistério, tem que haver temor a Deus, o princípio de tudo na vida do cristão. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” - Provérbios 9:10. O desejo do Senhor é mostrar ao homem a sua aliança, pelo Espírito Santo revelar Jesus em cujo está demonstrada a sua aliança com o homem. "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; bom entendimento têm todos os que cumprem os seus mandamentos; o seu louvor permanece para sempre" (Sl 111:10). Davi conhecia os mistérios de Deus, pois venceu Golias (I Sam 17:49) pela revelação (Pedra lançada da funda que atingiu ao longe). Não houve contato físico. As armas do servo para vencer as batalhas é o sangue e a palavra (Ap 12:11). Ele não entra em embates racionais e religiosos, mas vai pela revelação do Espírito Santo. O Apostata nos acusa porque não quer o mistério, aquilo que Estevão alcançou (At 7:56). O apóstata não quer o dom, nega o mistério (At 7:57).

As tábuas da Lei:

i) Primeiras (VT - Quebradas, Jesus foi moído, quebrado no calvário para nossa redenção) - Êx 32:19 (Quebradas ao pé do monte devido ao pecado de Israel)

ii) Segundas (NT - Êx 34:1) - mesmas palavras, mesmo projeto (Salvação para os Gentis).