i) Lábios que destilam favos de mel: A igreja infiel tem palavras doces como o mel (Deus cura! Deus prospera! Deus restaura! Deus abre portas nessa vida, etc.). Mas ela não fala de Jesus. Ela não fala de salvação. Não fala do arrebatamento. Não fala do tempo profético. Não fala em novo nascimento. Não conhece o tempo do breve.
ii) Seu paladar é mais macio que o azeite. Ela não tem o azeite; ela não tem o Espírito Santo porque ela acha que não precisa dele. Para as coisas que ela busca e oferece não precisa do Espírito Santo, porque sua preocupação está nessa vida.
iii) Mas o seu fim é amargoso: É um fim sem a doçura de Jesus. O fim é de perdição e não salvação. Absinto quer dizer: amargo.
iv) Agudo como espada de dois fios porque a Palavra da verdade julgará essa igreja e mostrará quem ela é.
v) Os seus pés descem à morte porque ela não caminha para a vida eterna com Deus, mas caminha em direção à vida eterna sem Deus.
vi) Os seus passos firmam-se no inferno. O fundamento da igreja fiel é o Sangue de Jesus (Heb 11:1) e Ele está firmado no céu; mas o fundamento da igreja infiel não tem esse sangue, por isso está firmado no inferno.
vii) Ela não pondera a vereda da vida: Ela não tem revelação. Não conhece a verdade. Não experimenta o novo e vivo caminho (Heb 10:20). Não conhece a vereda da justiça (Sl 23:3). Não conhece as boas veredas (Prov 2:9). Não conhece as veredas do juízo (Prov 8:20). Não conhece o caminho da paz (Is 59:8a). Suas veredas são tortuosas, nelas não há justiça e não têm conhecimento da paz (Is 59:8b e c).
i) Dai me ouvidos: quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. É o conselho do Senhor no livro de Apocalipse desde o começo da igreja Fiel até os nossos dias.
ii) Não vos desvieis das palavras da minha boca: a Palavra viva (Js 1:7-8). Para ser bem sucedido na caminhada e alcançar o final do caminho que começou.
iii) Afasta dela o teu caminho: não caminhe nos ensinamentos da igreja infiel; “Bem aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios” (Sl 1:1a).
iv) Não se aproxime da porta da sua casa: outra porta que não é Jesus. “Eu sou a porta” (Jo 10:7); “Não reconhecerás outro deus além de mim, porque não há Salvador senão eu” (Os 13:4).
A Glória do Senhor sobre seus servos
i) Moisés, quando passou quarenta dias no monte de Deus e o Senhor lhe mostrou seu projeto de salvação;
ii) João, quando estava exilado na ilha de Patmos e o Senhor lhe revelou o Apocalipse;
iii) Isaías, no momento de seu chamado para ser profeta do Senhor.
A diferença entre as visões está no momento em que cada um viu:
Isaías viu o momento em que estava sendo tratado a respeito de quem viria para resgatar o homem e levá-lo até à glória de Deus: “A quem enviarei? Quem há de ir por nós?” Foi a pergunta do Pai. E Jesus responde: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6:8).
O momento da visão de João era a abertura dos sete selos. Momento que antecede o fim. A consumação do Projeto do Pai se aproxima. “E eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono. E os quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansavam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir...” (Apoc 4:2 e 8). O Cordeiro que foi enviado, segundo Isaías 6:8 venceu a morte e agora vai abrir os selos: “Eis que o Leão da tribo de Judá; a Raiz de Davi; venceu para abrir o livro e os seus sete selos. Então vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos, de pé, um Cordeiro como tendo sido morto. Ele tinha sete chifres, bem como sete olhos que são os sete espíritos de Deus enviados por toda a terra. Vi, e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos seres viventes e dos anciãos, cujo número era de milhões de milhões e milhares de milhares, proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor”. Que coisa extraordinária é o capítulo 5 de Apocalipse!
Moisés viu o final. Moisés, viu a consumação do projeto de salvação, com a igreja glorificada, vestida de santidade, diante do trono do Deus Todo Poderoso. Viu os serafins, como Isaías viu e o Cordeiro de Deus, Salvador do mundo. Moisés conduziu o povo de Israel por quarenta anos, lutou com Deus por esse povo, porque sabia o que o Senhor preparou para os salvos na sua eternidade e intercedeu para que o Senhor não destruísse esse povo (Núm 16:44-50). Sabemos que Moisés viu essas coisas porque era isso que representava o tabernáculo que ele construiu no deserto, por ordem do Senhor.