i) Jovem: Símbolo do homem de pouca ou nenhuma experiência com o Senhor e precisa se converter.
ii) Sentado numa janela: Olhava para o culto dentro da casa e olhava para o que acontecia lá fora. Símbolo do homem indefinido e ainda não sabe se quer a igreja, o Senhor ou o mundo.
iii) Adormeceu: Sono espiritual. Cansou de esperar a volta de Jesus. Situação semelhante à situação religiosa de muitos atualmente, sem fé, sem experiências com o autor da vida.
iv) Caiu: Caiu da graça, é a queda espiritual, saindo da comunhão. Assim, entra em luta espiritual. Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído (Gl 5:4). Muitos têm caído do terceiro andar, não vive mais Jesus vivo em suas vidas, tornou-se religioso, apostata, e sobre esses não há remissão porque não querem voltar ao primeiro amor (Jo 1:10). “Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama" (II Pe 2:22). Caiu na terra, nos conceitos dessa vida.
v) Morreu: Último estágio do homem sem Deus é a morte (vida eterna sem Deus). Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou- se lhes o último estado pior do que o primeiro (II Pe 2:20).
Todos ali ouviam o que Paulo tinha para dizer antes de sua partida. Estavam atentos. Aquele jovem era um alvo da pregação de Paulo. A volta do Senhor Jesus não é tardia. Estamos vendo a longanimidade do Senhor para que muitos ainda possam se salvar (2 Pe 3:9). O amor do Senhor é tão grande que insistirá com o incrédulo até o fim, para que ele possa ser salvo.
O homem não tem experiência, e ele é alvo da operação do Espírito Santo, cujo quer salvá-lo. Está indefinido, e enquanto houver tempo, o Espírito Santo vai insistir para que tome uma posição definida. Dormiu, mas ainda não é meia-noite, mas é próximo. Nesse momento o Espírito Santo grita: “Desperta, tu que dormes.” (Ef 5:14). Aquele jovem caiu, mas não deu meia-noite ainda. Então, o Espírito Santo não vai parar de falar com ele, só porque caiu. Ele quer salvar, desde que não blasfeme contra o Espírito Santo, ou seja, não negue tudo aquilo que viveu que veio do Espírito Santo. Já deu meia-noite? Não? Então é fácil! O Espírito Santo continua falando de salvação. Ele vai fazer isso até a meia-noite, depois irá embora para sempre com a igreja. Mas à meia- noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro (Mt 25:6). Jesus virá, e aquele que está atento, definido, vivendo em obediência a vontade de Deus, esse entrará na cidade celestial (Ap 21:1).
As profecias do Senhor para a igreja e o servo fiel
Verso 1 – Durante um tempo a igreja foi conduzida em direção à Itália, tipo do sistema religioso do mundo em muitos períodos da história do homem.
Verso 2 – Sempre costeando a terra, sem se afastar muito dela. Mais perto das coisas da terra que da Eternidade.
Verso 3 – Paulo era tratado humanamente, mas estava preso. É o que o sistema religioso muitas vezes quer. Trata bem ao homem, faz obras sociais, mas não o deixa seguir livremente ao Espírito Santo.
Verso 4 – Ventos contrários. Muitas lutas, principalmente no começo, para a obra do Espírito Santo se estabelecer em nosso meio. Os ventos de doutrinas, os costumes, o sistema religioso, a tradição, a razão humana. Tudo era contrário ao que o Senhor desejava fazer.
Versos 5-7 – Até aqui estávamos sendo conduzidos pelo homem.
Verso 8 – As coisas começaram a mudar quando encontramos um lugar chamado Bons Portos. Esse lugar é a obra do Espírito Santo. Lugar onde o Senhor começou a falar conosco e desejamos ficar ali.
Verso 9-12 – Queríamos ficar ali, desfrutar do descanso, do culto, da visitação do Espírito Santo. Mas o Senhor desejava nos levar para mais além. Paulo, nesse versículo, tipificando os primeiros pastores, questionando algumas coisas, porque tudo era novo. Mas a vontade do centurião, do piloto e do mestre prevaleceram. A grande bênção da obra do Espírito Santo que vivemos em nossos dias é que a vontade do Pai, do Espírito Santo e do Senhor Jesus sempre prevalecem.
Verso 13 – No início fomos conduzidos por um vento brando. Nossa caminhada se iniciou lenta, tínhamos muito que aprender.
Versos 14-15 – Mas de repente um vento muito forte tomou conta e tivemos que dar de mão e nos deixar ser conduzido por Ele. O Espírito Santo deu uma guinada na obra; deu uma nova velocidade, uma nova direção. Não podíamos navegar contra a vontade dele. Entendemos que não podíamos pôr a mão na direção, mas nos deixar ser conduzidos unicamente pelo Espírito Santo.
Versos 16-19 – O batel foi recolhido: Colocamos tudo o que queríamos conservar dentro da obra do Espírito Santo. Cingimos o navio e amarramos tudo para não perder nada. No dia seguinte aliviamos o navio: momento de desfazer de tudo o que não é necessário. Há muitas vezes necessidade de renúncia, entrega, santificação, submissão. Nós mesmos fizemos isso, é uma experiência de cada um.
Verso 20 – Passamos por momentos difíceis, provas duras. Achamos que a obra ia se perder. Sem ela não havia esperança de salvação.
Verso 21 – Ficar num sistema religioso era muito mais cômodo. Na obra passamos por lutas a cada dia.
Verso 22 – Palavra de consolo. O servo não sofrerá dano algum. A obra do Espírito Santo protege os que estão nela.
Versos 23-24 – Todos os que estão na obra serão salvos.
Versos 25-26 – Fé, entendimento do projeto de Deus.
Verso 27 – Décima quarta noite: Mesmo dia em que comeram o cordeiro na saída do Egito. É o momento da saída. À meia-noite: hora profética. Suspeitaram estar próximos de alguma terra: Sinais de que a Eternidade está próxima.
Verso 28 – Lançar o prumo é conferir os sinais proféticos, estar atento à revelação, à Palavra.
Verso 29 – Lançaram quatro âncoras para não dar em alguns rochedos. Jesus é a rocha da salvação. Os rochedos são as religiões ao redor, os conceitos, a razão, a filosofia. As quatro âncoras que firmam o navio são os quatro evangelhos: toda a palavra está firmada no Evangelho de Cristo: sua morte e ressurreição, além da promessa de arrebatamento. Desejamos que o dia venha, e que raie o dia eterno. Que nasça o Sol da Justiça: arrebatamento.
Verso 31-32 – Esforço do Espírito Santo para manter os servos na comunhão: retirando ainda o que pode afastar as vidas do corpo.
Verso 33-36 – Última ceia – última páscoa. “Comei dele todos”.
Verso 38 – O trigo foi lançado ao mar: Após o arrebatamento não haverá mais Pão do Céu no mundo. É a grande fome profetizada na parábola do filho pródigo.
Verso 39 – Não reconheceram a terra que viam de longe: A igreja já vê ao longe a Eternidade, mas tudo lá é novo. “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano, o que Deus preparou para aqueles que o amam”.
Verso 40 – Última arrancada da obra. Momento atual (Breve). Todo empenho é chegar à Terra Prometida. A terra prometida é isolada do mar, não tem aquilo que tem no mundo.
Verso 42 – Cada um se agarrou em um pedaço do navio para se salvar. Cada servo tem algo que o conserva na obra: serviço, função, instrumentalidade, etc. Essas coisas nos ajudarão a chegar ao céu. Devemos estar agarrados naquilo que o Senhor nos deu, porque nos sustentará até o fim.
Verso 43-44 - “E foi assim que todos se salvaram...”.